Princesa Leia demonstra a nova tecnologia holográfica do MIT

Os pesquisadores da MIT, Instituto de Tecnologia de Massachusetts, conseguiram reproduzir algo muito próximo aos hologramas mostrados no filme Star Wars. E pra não deixar dúvidas sobre o feito, eles utilizaram o Kinect da Microsoft para filmar uma estudante vestida como a Princesa Leia.

O grupo Object-Based Media utilizou apenas uma câmera do Kinect para capturar as imagens, processá-las e enviá-las para uma tela. O periférico da Microsoft foi essencial para economizar processamento.


Experimento reproduz holografia de uma menina vestida de Princesa Leia (Foto: Reprodução)A economia de processamento deu aos estudantes a capacidade de se atingir uma taxa de 15 quadros por segundo, projetada em um holograma de 3 polegadas com uma coloração vermelha, e resolução muito mais baixa do que a que se vê no filme. Pode não parecer muito, mas o projeto é trinta vezes mais rápido que o método anterior, utilizado pelos pesquisadores da Universidade do Arizona.

O físico Nasser Peyghambarian comentou: "Eu acho que é uma marca importante eles terem conseguido 15 quadros por segundo, que é quase tempo real. A qualidade não é alta, mas espero que melhore no futuro".

A câmera do Kinect captura a luz de um objeto em movimento; ce onectada a um laptop, ela envia esses dados pela internet para um PC com três placas de vídeo, ou GPUs. As informações, então, são computadas, interpretando como as luzes interferem entre si para criar áreas mais claras e mais escuras - o que dá a impressão de profundidade reproduzida na tela. Por conta disso, pode-se olhar em volta do objeto com ângulos diferentes, como se fosse 3D, mas por só utilizar uma câmera, não é possível ver a parte de trás dele.

Michael Bove, engenheiro da MIT, comentou: "Os estudantes conseguiram descobrir como gerar um holograma usando o que as GPUs são boas em fazer. E elas ficam cada vez mais rápidas, todo ano. Há espaço para muito mais entendimento sobre como computar hologramas com elas".

O método utilizado pela Universidade do Arizona envolvia 16 câmeras em volta do objeto, permitindo, assim, que se visse todas as faces dele, e a utilização de dois lasers criando padrões de margem. O principal insight era criar um novo tipo de plástico que apagasse e reescrevesse rapidamente. E apesar de mais complicado e custoso, esse método conseguia atingir definições mais altas, equivalente a de uma TV de 17 polegadas, mas segundo Peyghambarian, para torná-lo mais rápido, seria necessário um novo sistema de lasers.

Unreal Engine é apresentada como base para grandes consoles e tablets Michael Bove completa: "Há uma variedade de tecnologias. O fato é que a barreira de acesso tem sido inacreditavelmente alta nos últimos 20 anos. Agora, muitas tecnologias estão amadurecendo ao mesmo tempo. Acho que veremos algumas coisas divertidas nos próximos anos".